
A dedicação à Escola Sabatina atravessa gerações na família Stehling. O exemplo começou com o patriarca, Miguel Stehling, que, mesmo aos 92 anos, decidiu transcrever a Bíblia inteira à mão. O gesto simboliza o que ele viveu durante toda a vida: amor profundo pela Palavra de Deus e pela Escola Sabatina, ministério que ele serviu como professor por mais de 50 anos.
Nascido em 26 de novembro de 1931, em Belo Horizonte, em Minas Gerais, Miguel conheceu a Igreja Adventista no final da década de 1940 por influência de seu irmão Raimundo Stehling, o primeiro da família a se tornar adventista. Em 1951, foi batizado no templo adventista de Bias Fortes, aos 20 anos. Na época, havia apenas duas igrejas organizadas na capital mineira: Concórdia e Bias Fortes, e pequenos grupos em formação em outros bairros.
Leia também:

Marceneiro de profissão, Miguel Stehling dedicou a vida a compartilhar o amor de Jesus. Seu exemplo e dedicação o levaram a conduzir mais de 200 pessoas ao batismo, influenciando na expansão da igreja na capital mineira. “Ele considerava o estudo da Bíblia algo essencial. Seu cuidado com a Palavra e a fidelidade a Deus é uma lembrança viva para nossa família”, relata o neto, pastor Rafael Stehling.
Tradição de família
Em casa, a Escola Sabatina era uma tradição inegociável. Todos os dias, pela manhã, os quatro filhos se reuniam com o pai e a mãe para estudar a Lição da Escola Sabatina, um guia de conteúdos diários sobre temas bíblicos. Às sextas-feiras, durante o culto no pôr do sol, Miguel pedia que cada um recitasse os versos bíblicos decorados ao longo da semana. “No 13º sábado dos trimestres, falávamos todos os 13 versos de uma vez, e era um momento muito especial. A gente amava participar”, recorda emocionada a filha Edilene Stehling.

Para o pastor Marcos Santiago, diretor de Escola Sabatina para os estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, o exemplo de famílias como os Stehling é um lembrete de que o ensino da Bíblia forma discípulos e pode moldar gerações. “Reconhecer professores da Escola Sabatina é assumir compromisso com o futuro, valorizando o passado. Os professores não apenas marcam gerações; eles preparam pessoas para o Reino do Céu”, destaca.
“Meu sogro me inspirou a amar o estudo da Lição da Escola Sabatina. Como professor, ele se preocupava para que todos da classe tivessem acesso ao material, chegando a custear do próprio bolso as lições”, relembra o genro, pastor José Marcos de Oliveira.
Legado para a eternidade
Seu amor pela Bíblia e pelo ensino se espalhou pela família. Dos quatro filhos, três trabalharam diretamente para a Igreja Adventista, e quatro netos também atuam em diferentes frentes da Igreja. “Eles não apenas formaram familiares para servirem a Deus em qualquer esfera da sociedade, mas também para atuarem na linha de frente da Igreja”, reforça o pastor Marcos Santiago. “É uma família que ama a Igreja. Uma família que serve”, reitera.

A fé que começou com um jovem marceneiro nos anos 1950 floresceu em uma família que ama e serve a Igreja. Em setembro de 2025, seu bisneto Mateus Stehling, de 8 anos, decidiu seguir os passos do bisavô e entregar a vida a Jesus, mantendo viva a chama do compromisso com Deus. "Ao celebrar os 173 anos da Escola Sabatina neste ano, histórias como a da família Stehling lembram que o estudo diário da Bíblia continua sendo o alicerce que sustenta a fé e prepara discípulos para o Reino de Deus", finaliza o pastor Santiago.
Confira o vídeo abaixo e conheça mais sobre essa herança de fé:
Você também pode receber esse e outros conteúdos diretamente no seu dispositivo. Assine nosso canal no Telegram ou no WhatsApp.
Quer conhecer mais sobre a Bíblia ou estudá-la com alguém? Clique aqui e comece agora mesmo.